tag:blogger.com,1999:blog-46864786135365203992024-03-04T20:14:58.154-08:00Poeira da EstradaUm pouco de prosa, luz, nostalgia e reflexãoEvandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.comBlogger57125tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-5501891799801189402015-03-22T13:14:00.004-07:002015-03-22T13:14:41.268-07:00O grande barato dos trinta<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">O grande barato dos trinta é que, se a gente chega a esse patamar sem se atrasar muito, normalmente dispõe-se de uma bagagem de conhecimento, próprio e alheio, que nos permite usufruir da vida com excelência!</span>Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-36161112534585459852015-03-08T14:05:00.002-07:002015-03-08T14:05:57.906-07:00Todo o nosso amor<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">No dia internacional da mulher só tenho uma coisa a dizer: a mulher é simplesmente a coisa mais maravilhosa que a criação colocou neste mundo! A delicadeza, a atenção com os detalhes, o senso de percepção aguçado.. Ah, eu vivo em função da mulher! A começar pela minha mãe, que me deu vida. E as outras tantas que na minha vida colocam sentido. Desejo a todas as mulheres muito amor, muita liberdade (são muito mais belas enquanto livres), muita gentileza, muito mimo, muito colo, muita atenção, muito cavalherismo, as portas abertas, as malas carregadas.. enfim, todo o nosso amor!</span>Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-54848147369795183732014-09-03T19:06:00.001-07:002014-09-03T19:06:29.646-07:00A poesia ficou caretaAh, saudade dos arroubos de outros tempos<br />
O coração no limite<br />
<br />
Saudade das noites livres<br />
Ah, as noitadas!<br />
Quanto nascer do sol!<br />
Quanta estória em cada esquina!<br />
<br />
As doses sem contagem<br />
Os passeios sem rumo certo<br />
A diversão sem agenda<br />
<br />
Disciplinei a vida<br />
E a poesia ficou caretaEvandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-53143413958414968842014-07-13T09:07:00.001-07:002014-07-13T09:07:25.976-07:00RecorteEstá se arrumando<br />
Ela usa maquiagem da <i>Dior</i><br />
Pôs música pra rodar<br />
Está tocando <i>Yellow</i>, do Coldplay<br />
É noite lá fora<br />
Será sexta-feira?<br />
Talvez fosse sábado<br />
Eu espero sem pressa<br />
Sentado no sofá<br />
O coração alinhado no peito<br />
Rendendo-me ao ideal doméstico<br />
Embriagando-me com a música<br />
<br />
<i>Look at the stars</i><br />
<i>Look how they shine for you</i><br />
<i>And everything you do</i><br />
<i>Yeah, they were all yellow</i><br />
<div>
<br /></div>
Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-81712037726409314262014-06-01T08:09:00.002-07:002014-06-26T10:10:07.796-07:00De quando completei 29Ah, bons tempos aqueles! À exceção de umas poucas prisões internas, era um homem livre! Tinha vigor físico, era ágil e podia me deslocar sobre o globo. O espírito sempre gostou de sacudir e a matéria dava conta. Fui agraciado pela Providência.<br />
<br />
Morava na Ilha da Magia, dançava, brincava de surfar, e gostava de reunir os camaradas na calada da noite para tomar uma bebida e jogar conversa fora. Dolce far niente.<br />
<br />
Ah, com certeza! Vou ficar com muitas saudades da época em que fiz 29!Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-3810355412292752272014-03-30T12:38:00.001-07:002014-03-30T20:14:38.487-07:00Minha missão é comunicar<br />
Sou ioga<br />
Sou união<br />
O elo<br />
<br />
Sou equilíbrio<br />
Sou justiça<br />
A razão<br />
<br />
Sou norte e sul<br />
Sou leste e oeste<br />
O centro<br />
<br />
Sou a vida e a morte<br />
O espírito e a matéria<br />
O laço<br />
<br />
Sou palavra<br />
Sou vento<br />
A mensagem<br />
<br />
Sou comum<br />
Sou ar<br />
Sou comunicar<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-47074519863994260262014-02-23T19:49:00.000-08:002014-02-23T19:49:00.511-08:00Da saúde, da beleza e do autoconhecimentoHá tempos queria escrever este. Mas a inspiração é arrisca como um gato. Nem sempre aparece quando você deseja. Mas agora deu as caras e não hesitei em recebê-la. Mas, sem muitos devaneios, vamos logo ao tema proposto.<div>
<br /></div>
<div>
Vejam com que audácia estabeleço uma relação entre a saúde, a beleza e o autoconhecimento! Entre os dois primeiros está clara a relação. O belo é saudável e o saudável é belo. Exceções à parte. O saudável é vívido e a vida é bela. Está matada a charada! O belo é atraente porque a vida é atraente. Viver é atraente.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
E onde diabos entra esse tal de autoconhecimento? Simples. O autoconhecimento promove a saúde e promove a beleza. Um ser que se conhece, que tem consciência de si e que relaciona-se bem consigo mesmo, com o corpo e com a mente, torna-se belo. E isso lhe faz bem.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Está dito. "Conhece-te a ti próprio e conhecerás o universo e os deuses" (Sócrates)</div>
Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-43102117187748372482014-01-19T11:11:00.000-08:002014-01-19T11:11:01.946-08:00Viva o feminismo!"...mulher não precisa ser submissa, tem de ser feminina..."<br />
<br />
Foi sábio meu colega de filosofias um dia desses quando referia-se a um desses episódios um tanto bizarros da modernidade.<br />
<br />
Todo grande movimento, quando se torna muito grande sofre uma certa banalização no seu termo definidor. Debaixo da bandeira do femininismo, abriga-se uma corrente que anda, a meu ver, desfocada e, curiosamente, um tanto contraditória.<br />
<br />
A luta justa pela não submissão e igualdade de direitos parece escorrer um pouco pelas bordas para uma atitude que consiste em algumas mulheres buscarem adotar um comportamento que prefiro não chamar de masculino, mas que possui tal reputação.<br />
<br />
Não, o discurso aqui não é segregacionista; pelo contrário; promove a união a laços fortes. A questão aqui não é discutir se "fazer algo" é coisa de homem e pode ou não ser feita por mulher. É apenas defender que, seja lá o que for feito, há de ser feito sobretudo com prazer. Não apenas para provar algo.<br />
<br />
Ocorre que algumas práticas são adotadas como símbolo para identificar um movimento. Mas adotar um comportamento genérico pode ser tão subversivo quanto o próprio machismo.<br />
<br />
Digo também que se a questão é provar capacidades, embora conheça muitos homens com concepções antiquadas sobre as mulheres, por outro lado conheço muitos que não duvidam das capacidades delas. O que mais querem é partilhá-las junto.<br />
<br />
Antes que alguém cheire nesse texto algum ar repreensivo à liberdade, vamos logo à questão sexual. Por um mundo com mulheres com mais tesão e manifestação do mesmo. E com iniciativa! Nada mais do que o natural.<br />
<br />
Verdade é que há coisas que, por bem, devem ser conduzidas pelo homem. Como na dança, em que o cavaleiro conduz. Ele determina o caminho, o passe a ser feito. Mas entendo que isto por uma questão de proteção. O homem é mais forte fisicamente, o que não tem qualquer conotação de superioridade. Sendo mais forte, deve, por bem, proteger sua dama. Mas a própria dança mostra que a dama também tem seu espaço de atuação, contracenando com o cavaleiro. Ele determina por onde se vai, mas ela, graciosamente, determina o modo.<br />
<br />
Homens e mulheres são iguais, na medida em que nenhum é superior ao outro, mas, em outro aspecto, são diferentes e complementares, na medida em que um completa o outro.<br />
<br />
Defender que sejam femininas não significa defender que façam ou deixem de fazer algo, mas sim que sejam a essência de sua íntima natureza, que é tão bela! E viva o feminismo!<br />
<div>
<br /></div>
Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-34191808101590936852013-11-10T15:33:00.001-08:002013-11-10T15:33:22.134-08:00Dedicada aos amigosUma é coisa é fato nesta vida<br />
Quem tem amigos, tem tudo!<br />
<br />
Existem vários tipos de amigos<br />
Os mais íntimos<br />
Que quebram grandes galhos<br />
Há também os parceiros de bar<br />
E horas vagas<br />
<br />
Todos são importantes<br />
<br />
As pessoas enriquecem<br />
Quando uma com as outras<br />
A comunicação é ferramenta<br />
De evolução<br />
<br />
Para se conquistar amizades<br />
A fórmula gira em torno<br />
De carisma, de franqueza<br />
De humildade<br />
De vontade de viver!<br />
<br />Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-75847589916342593402013-11-07T15:28:00.004-08:002013-11-07T15:28:46.964-08:00Sobre prazer<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">O prazer nasce livre</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">E espontâneo</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">Não vinga se obrigado</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">Nem mesmo se esperado</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">Não pode ser dado</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">Mas obtido</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">E aquele aqui sentido</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">Reproduz-se do outro lado</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">O prazer é, sobretudo</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20px;">Uma experiência individual</span></span>Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-81836613055085878782013-10-09T16:19:00.003-07:002013-10-09T16:21:02.903-07:00A propósito de uma passagem<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2283" style="font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Quando mudei-me de volta para a capital, estabeleci-me por dois meses na casa de um antigo colega de andanças até arranjar-me em definitivo. Era uma espécie de porão espaçoso no alto de um morro com vista para uma baía.</div>
<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2282" style="font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2281" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Esse meu camarada, apreciador de vinhos, também sabia apreciar a boemia. Era companheiro de cachaçada e a nossa palestra era viva e animada. Em que pese algumas diferenças no modo de ser, ele um tanto grosseiro, eu um pouco mais refinado, sem qualquer distinção de valor nessas características, tínhamos em comum o gosto pela filosofia. Não essa filosofia cursada, de academia, mas a filosofia de botequim, aquela que nasce espontânea da observação despretensiosa.</div>
<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2289" style="font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2280" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Nesses dois meses passaram pelo leque de assuntos temas interessantes da política, economia, religião, comportamento humano, em especial da psique feminina.</div>
<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2290" style="font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2279" style="font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Ao fim desse período, arranjei moradia definitiva e vim-me embora. Coincidiu de ele também mudar-se, algumas semanas depois da minha saída, no entanto para outra cidade.</div>
<div style="font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif;">
</div>
<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2278" style="font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv3274239971western" id="yui_3_7_2_1_1381360036964_2199" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Desabitamos o porão e creio que o que ficou desses dois meses de debates, a maior parte das vezes, regados com um toque de humor, foram duas coisas. A primeira, foi uma certa consolidação de alguns conhecimentos no repertório de cada um. A segunda coisa que ficou, constatamos quando fui ajudá-lo com a mudança. Depois de retirar a tralha toda do habitáculo, deparamos com quase cinquenta garrafas de vinho vazias, acumuladas debaixo da pia.</div>
Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-88444444262057090082013-08-05T18:27:00.001-07:002013-08-05T18:38:32.494-07:00O fenômeno da solteirice nos tempos atuais<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Percebe-se que há hoje no nosso meio social uma grande incidência de solteiros, ou que pelo menos assim se declaram, e, não
seria demais ariscar, até mesmo a presença de um certo culto pela
solteirice. Uma legião de homens e mulheres adultos e independentes vivendo sozinhos. </div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Para
entender esse fenômeno, é importante compreender algumas
modificações comportamentais e de valores que têm ocorrido na nossa
sociedade em especial nos últimos cinquenta anos.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
É uma tônica das últimas décadas no que concerne a qualquer tipo de relação interpessoal a busca e a valorização da independência, liberdade e individualismo. Prova disso são os reflexos no setor imobiliário, como a busca por apartamentos compactos, de um dormitório. Palavras de ordem da modernidade, liberdade e independência soam fascinantes em discursos das mais variadas causas. </div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Nessa busca, muitas conquistas foram alcançadas no âmbito dos relacionamentos. Muito embora não se possa analisá-las isoladamente sob o aspecto do gênero, é evidente que essas mudanças ocorreram de forma muito mais acentuada em relação às mulheres. E chegamos num assunto recorrente nos debates comportamentais dos dias de hoje: a tal independência feminina. Não obstante o assunto aqui tratado envolve muitas questões distintas, é comum a discussão sobre relacionamentos nos dias de hoje, em algum momento, esbarrar nesse ponto.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Os diversos aspectos da independência feminina tem como carro-chefe a independência financeira. A partir do momento em que a mulher independe do homem para sustentar-se, ela passa a desenvolver e expressar sua personalidade a partir da experimentação e da escolha, passando a ter, portanto, uma postura mais ativa.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Essa atitude feminina ainda hoje afugenta uma grande parcela da ala masculina, de forma que poderia se dizer causar sim uma certa dificuldade na realização afetiva não apenas da mulher, mas de forma geral. O homem da velha guarda não lida bem com a idéia da mulher caçadora, que, por exemplo, num primeiro contato toma a iniciativa de abordá-lo ou convidá-lo para sair.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Mas para além desse aspecto, e de forma mais intimamente relacionadas com a questão, estão as rápidas mudanças em todas as esferas da vida social, influenciadas, por exemplo, pelo consumismo. Vivemos uma era em que tudo se consome e a qualquer momento podemos trocar um bem por outro que nos traga mais satisfação. Esses bens da modernidade, as facilidades dos meios de comunicação, as redes sociais, o sexo fácil, parecem deslumbrar. E esse padrão dos bens de consumo passa a ser aplicado ao amor. É o conceito do "amor líquido".</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Essa noção é relevante para o assunto aqui tratado, na medida em que modifica o padrão dos relacionamentos, tornando-os instáveis ou até mesmo transformando-os no popular "rolo", em que a pessoa declara-se solteira mesmo tendo alguma espécie de relacionamento.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
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Todos esses elementos recentes tratados nesse texto aliam-se ao não tão recente medo de amar, de que fala Raul Seixas e talvez o tornem maior ainda.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Se nos perguntarmos, ao final das contas, se com todas essas mudanças que contribuíram para uma legião de solteiros, qual seria o saldo, se teríamos evoluído para um caminho melhor, talvez o saldo, por ora, seja nulo. Se por um lado estamos mais exigentes, deixando de nos relacionar com alguém apenas por convenção, por outro lado parece que ainda não conseguimos equacionar algumas questões.<br />
<br />
Talvez vivemos uma época de mudanças, em que a próxima era nos dará algumas respostas. Talvez quando passar o deslumbramento inicial de algumas conquistas veremos que ainda faltará algo. Talvez quando os homens perceberem que as mulheres são mais belas quando livres e quando compreendermos que toda espécie de relacionamento tem seus ônus e bônus e de que não podemos lutar contras as adversidades do destino sozinhos, sem companheiros de vida, aí poderemos sim, quiçá, ter um saldo positivo.</div>
Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-55508902647041228292013-08-03T15:57:00.000-07:002013-08-03T15:57:03.844-07:00Chorinho<div style="text-align: justify;">
Tenho por hábito ao pedir ao barman uma dose simples de um destilado qualquer, solicitar, por favor, que faça a fineza de servi-la com chorinho. O chorinho consiste em derramar a bebida no copo de forma a dar uma considerável transbordada no dosador de 50 mililitros. Não que peça sempre. De quando em quando. Mais comumente quando estou repetindo a bebida. E desde que o sujeito que está a me servir inspire-me um mínimo de simpatia. O fato é que me comove ver o barman servir a dose com generosidade. Acho bonito o gesto. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Poderia discorrer aqui sobre uma séria de razões, para além do ato puramente gratuito, que fariam por merecido o tal chorinho. Poderia argumentar que sendo eu um sujeito simpático e não um bebum ranzinza, e tendo já consumido algo no bar, poderia falar também que alguns militros a mais no copo não desfalcam o bar, dada a grande margem de lucro em vender uma garrafa de bebida de forma fracionada... Mas vou dispensar o entendimento. O fato é que é bonito. Servir com chorinho é um gesto bonito.</div>
Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-60488094329435071152013-07-20T12:00:00.003-07:002013-07-20T12:08:43.396-07:00PatrimônioAs memórias são o maior patrimônio que um homem pode ter acumulado durante sua trajetória. Prova cabal que lhe dá a certeza de ter experimentado viver, elas se constituem num bem inatingível. Não pode ser roubado, nem deteriora como a madeira, o ferro e o valor monetário. De algum modo, nem o Alzheimer pode comprometê-las. Quíçá nem a morte. Sim! Decerto sobrevivem à morte! Se elas tem o condão de revivificar tudo o que está morto! A vida se refaz nas memórias.<br />
<br />
O que será de um homem sem memórias?<br />
<br />
E se me disseres que nem toda memória é boa, ou que ao abrir o baú poderei deparar-me, por exemplo, com a saudade, digo-lhe que ainda é preferível tê-las. E como dizia o poeta, "ter saudade até que é bom. É melhor que caminhar vazio".Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-23727152794338958192013-06-23T16:41:00.001-07:002013-06-23T16:42:26.167-07:00Vigor de híbridoAí está um termo que me faltava. Soube-o em palestra animada com um velho colega de filosofias. Eu argumentava que a miscigenação melhorava as pessoas, deixando-as mais belas, quando ele, corroborando tal entendimento, complementou-me fazendo uma analogia a um termo estudado na agronomia. O tal vigor de híbrido.<br />
<br />
Na agronomia, o vigor de híbrido se manifesta em plantas oriundas de cruzamentos de diferentes linhagens, garantindo um melhor crescimento e resistência. O mesmo pode se aplicar no caso dos animais oriundos do cruzamento de diferentes raças.<br />
<br />
Ao contrário do que previam algumas teorias racistas, a miscigenação parece ir selecionando as características positivas de cada raça, tornando os seres mais resistentes e mais belos. É como se os traços físicos da escultura fossem sendo lapidados. Se a mulher brasileira é bonita, é porque é negra, e branca, e índigena, e portuguesa, e espanhola, italiana e alemã, holandesa, francesa, inglesa, e por aí vai...<br />
<br />
<br />Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-60749762487966248072013-05-13T06:52:00.001-07:002013-05-13T15:53:51.038-07:00Como as coisas funcionamNasci curioso e bisbilhoteiro<br />
Com a paixão pelo conhecimento<br />
E amante da verdade<br />
Aprender é meu vício<br />
<br />
Conhecer as leis maiores<br />
É como dançar conhecendo a música<br />
Posta a tocar<br />
É como velejar Sabendo a direção do vento<br />
<br />
Compreender como as coisas funcionam<br />
Só faz perceber<br />
Como a criação é perfeita<br />
Uma obra de arte!<br />
<br />Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-10652170636611572062013-04-14T21:11:00.000-07:002013-04-14T21:11:27.298-07:00Dança da vidaPara entrar nessa dança<br />
É preciso atitude<br />
Atitude é o ímpeto<br />
Que faz acontecer<br />
<br />
Também é preciso firmeza<br />
A mesma firmeza que permite<br />
Segurar um pássaro nas mãos<br />
Sem sufocá-lo<br />
<br />
Decisão também<br />
Pois a dúvida não dança<br />
Vacilar é cair do cavalo<br />
Perder o trem<br />
<br />
E saber o momento<br />
Em que é preciso agir<br />
O único e fugaz momento<br />
Em que o alvo se expõe na mira<br />
<br />
É preciso sobretudo<br />
Compreender a música<br />
Que foi posta a tocar<br />
Aceitá-la<br />
E entrar na condução<br />
<br />
<br />Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-69530597478741689472013-03-25T19:16:00.002-07:002013-03-25T19:17:04.715-07:00Morena pequena<br />
morena pequena<br />
em sua falsa magreza<br />
nega de branco<br />
de saia<br />
suada do samba<br />
no salto<br />
a desfilar com leveza<br />
a meiguice das suas curvas<br />
<br />
eu paro, mudo<br />
e detenho-me<br />
com os olhos namoradeiros<br />
apenas para ficar te vendoEvandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-10271254191349940692013-02-12T08:27:00.000-08:002013-02-15T14:14:00.786-08:00Tudo o que podia ser feito<br />
Não sei até onde vou<br />
Penso que cuido-me demais<br />
E por cuidar-me tanto<br />
Acabo por descuidar-me<br />
<br />
Mas ao fim da jornada<br />
Vou poder estufar o peito<br />
E dizer com convicção<br />
Fiz tudo o que podia ter feito<br />
<br />
Estive lá<br />
E teimei em cair<br />
Feito bambu<br />
Que o vento balança<br />
Mas não derruba<br />
<br />
Fui duro na queda<br />
E repeti os erros<br />
Mas assim havia de ser<br />
Não havia como ser diferente<br />
Não havia como não ser diferente<br />
<br />
Não me arrependei<br />
Das coisas que quis ter feito<br />
E das coisas que quis provar<br />
E assim não julgarei<br />
Que podia ter feito algo mais<br />
Quando fiz tudo o que podia ser feitoEvandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-67227636699890477502013-01-20T07:36:00.000-08:002013-01-20T07:40:30.744-08:00DiamanteNós somos um diamante<br />
Que o tempo vai lapidando<br />
Um instrumento musical<br />
Que o músico vai afinando<br />
<br />
E a gente fica sabendo mais das coisas<br />
E mais de si mesmoEvandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-45786270006947025812012-12-14T15:56:00.001-08:002012-12-14T15:56:15.972-08:00De arAh... Que devastidão!<div>
Ser do elemento ar</div>
<div>
Ter energia pra entrar no mar</div>
<div>
E fazer música-barulho</div>
<div>
E tirar retratos marcantes</div>
<div>
<br /></div>
<div>
E aprender a dançar</div>
<div>
E nadar</div>
<div>
E avoar</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Ainda dominar</div>
<div>
A arte de contar essas coisas</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-1510743077896991052012-11-25T08:01:00.001-08:002012-11-25T08:01:35.068-08:00A beleza<br />
Tenho olhos sensíveis demais à beleza<br />
A beleza e a formosura me comovem<br />
Apreciando, fazem perceber<br />
O quão inspirado estava seu criadorEvandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-34140388098969325592012-11-03T07:55:00.003-07:002012-11-03T07:58:07.339-07:00RevoluçãoConsiderando de onde vim<br />
E constatando onde eu estou<br />
Me sinto uma revolução!<br />
<br />
Não falo isso apenas no aspecto material<br />
Como as pessoas costumam entender<br />
Até porque, nesse aspecto<br />
Não me sobra muita coisa<br />
<br />
Falo sobretudo<br />
Do que ficou dessas andanças todas<br />
E que, definitivamente<br />
Essas coisas não tem preço!Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-17981798049735796482012-10-07T07:49:00.000-07:002012-10-07T07:51:57.927-07:00...Nasci com olhos sensíveis demais para a beleza<br />
Irremediável não ser poeta<br />
<br />
Quem sabe algumas linhas<br />
Me livre de alguns pecados<br />
<br />
Que a poesia seja oração<br />
Que eu me esbanje em gratidão<br />
E que eu possa ser eterno<br />
<br />
<br />
<br />Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4686478613536520399.post-55503609842514876062012-09-11T19:31:00.002-07:002012-09-11T19:31:25.904-07:00Filho PródigoPedi ao pai as palavras que me cabiam<br />
Pois iria perder-me pelo mundo<br />
Já batalhara muito e urgia viver a vida<br />
<br />
Com os bolsos cheios de palavras<br />
Fui de esquina à esquina<br />
Desfiando poesias ao vento<br />
<br />
E assim passaram-se muitos anos<br />
A regojizar-me dos prazeres mundanos<br />
<br />
E um dia, subitamente<br />
Perdi-me na solidão<br />
Pus a mão no bolso<br />
Mas não havia nenhuma poesia<br />
Gastara todas as palavras<br />
<br />
Restaram-me as lamúrias<br />
Com as quais agora eu vivo<br />
Enquanto na casa de meu pai<br />
A poesia nunca termina<br />
<br />Evandro Bordignonhttp://www.blogger.com/profile/01720350992477102952noreply@blogger.com0