sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dispensando os guias

Depois de deixar a roupa na lavanderia, caminhei do centro de Buenos Aires até o Cemitério da Recoleta, no bairro de mesmo nome. Cheguei na porta do cemitério às 15:25. Havia uma visita guiada gratuita para às 16hs. No entanto, resolvi ir caminhando e consegui chegar até onde Eva Perón está sepultada, em parte por indicaçao de um funcionário do local e em parte seguindo o murmurinho dos turistas, grande parte brasileiros. Fiz algumas poucas fotos, sem explorar muito, porque a bateria da câmera estava para acabar. Sentei-me um pouco para relaxar e contemplar, mas apareceram mais brasileiros e fui com eles procurar novamente o tal túmulo famoso.

Ao retornar na porta de entrada, faltavam dois minutos para as 16:00hs e havia algumas pessoas aguardando a visita guiada. No entanto, começava uma garoa e a guia informou que se houvesse chuva a visita nao aconteceria.

Resolvi ir ver outras coisas e sai andando pela Recoleta em busca da floralis generica, a famosa flor de aço que se abre e fecha, dependendo da hora do dia. No caminho, encontrei mais brasileiros. Desta vez, com grande coincidência, catarinenses, com 60km de diferença.

A Plaza de Las Naciones Unidas, cuja a flor esté em seu centro, é um gramado extenso, com algumas árvores nas bordas, sob as quais há alguns bancos, sempre com vagas e poucas pessoas. Ideal para relaxar, ler um livro ou namorar.

Voltando da Recoleta, ao perguntar para um nativo, de headphones, visivelmente bem instruído, qual ônibus deveria pegar para voltar ao centro, iniciamos uma comunicao. Ao perguntar o que caracterizava a Recoleta, contou-me que era um bairro tradicional de Buenos Aires, fundado por volta de 1870, por familiares ricos que vivam no bairro San Telmo, mas que decidiram se mudar para o novo local porque acreditavam que era mais fácil contrair febre amarela residindo num bairro próximo ao porto, como é San Telmo.

Talvez essas informaçoes estejam nos guias. Mas nao gastei um centavo e achei muito mais curioso uma pessoa do próprio local me contar a história. Essa interaçao propicia conhecer muito mais a fundo o lugar. E depois, por que náo perguntar âs pessoas locais? Eles sao tao atenciosos e prestativos! E sempre depois que prestam as informaçoes saúdam-nos calorosamente com expressoes como suerte, e passe bien, ou cuida-te!