domingo, 19 de janeiro de 2014

Viva o feminismo!

"...mulher não precisa ser submissa, tem de ser feminina..."

Foi sábio meu colega de filosofias um dia desses quando referia-se a um desses episódios um tanto bizarros da modernidade.

Todo grande movimento, quando se torna muito grande sofre uma certa banalização no seu termo definidor. Debaixo da bandeira do femininismo, abriga-se uma corrente que anda, a meu ver, desfocada e, curiosamente, um tanto contraditória.

A luta justa pela não submissão e igualdade de direitos parece escorrer um pouco pelas bordas para uma atitude que consiste em algumas mulheres buscarem adotar um comportamento que prefiro não chamar de masculino, mas que possui tal reputação.

Não, o discurso aqui não é segregacionista; pelo contrário; promove a união a laços fortes. A questão aqui não é discutir se "fazer algo" é coisa de homem e pode ou não ser feita por mulher. É apenas defender que, seja lá o que for feito, há de ser feito sobretudo com prazer. Não apenas para provar algo.

Ocorre que algumas práticas são adotadas como símbolo para identificar um movimento. Mas adotar um comportamento genérico pode ser tão subversivo quanto o próprio machismo.

Digo também que se a questão é provar capacidades, embora conheça muitos homens com concepções antiquadas sobre as mulheres, por outro lado conheço muitos que não duvidam das capacidades delas. O que mais querem é partilhá-las junto.

Antes que alguém cheire nesse texto algum ar repreensivo à liberdade, vamos logo à questão sexual. Por um mundo com mulheres com mais tesão e manifestação do mesmo. E com iniciativa! Nada mais do que o natural.

Verdade é que há coisas que, por bem, devem ser conduzidas pelo homem. Como na dança, em que o cavaleiro conduz. Ele determina o caminho, o passe a ser feito. Mas entendo que isto por uma questão de proteção. O homem é mais forte fisicamente, o que não tem qualquer conotação de superioridade. Sendo mais forte, deve, por bem, proteger sua dama. Mas a própria dança mostra que a dama também tem seu espaço de atuação, contracenando com o cavaleiro. Ele determina por onde se vai, mas ela, graciosamente, determina o modo.

Homens e mulheres são iguais, na medida em que nenhum é superior ao outro, mas, em outro aspecto, são diferentes e complementares, na medida em que um completa o outro.

Defender que sejam femininas não significa defender que façam ou deixem de fazer algo, mas sim que sejam a essência de sua íntima natureza, que é tão bela! E viva o feminismo!

Um comentário:

  1. só precisa ser feminina se quiser... o feminismo prega justamente que a mulher tem que ser como tiver vontade de ser! algumas não tem vontade de ser femininas na maneira de se vestir, então que sejam felizes de seu jeito e que respeitemos isso;)

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